2 genes ligados à doença inflamatória intestinal
A pesquisadora Susan Waltz,
PhD, e pesquisadores do Centro de Câncer de Cincinnati (Cincinnati Center
Cancer) e o Instituto de Câncer da Universidade de Cincinnati (University ou
Cincinnati Cancer Institute) acreditam ter desenvolvido o primeiro estudo
genético direto para documentar a importante função do “receptor Ron”, uma superfície
proteica da célula também encontrada em alguns tipos de cânceres e seu fator de
crescimento genético, ou seja, o responsável pela estimulação do crescimento
celular, do desenvolvimento e da progressão da doença inflamatória intestinal.
Os estudos de todo o genoma
identificaram dois genes:
- a tirosina quinase do receptor Ron
- cofator proteico de
crescimento de hepatócitos (HGFL)
Esses "genes foram identificados como altamente associados à doença
inflamatória intestinal”, diz Waltz, professora do departamento de biologia do câncer
da Universidade da Califórnia (University of California). “No entanto, não há
informações suficientes sobre o papel do receptor Ron ou do HGFL na doença inflamatória
intestinal. Com base na associação de Ron e doença inflamatória intestinal,
examinamos o papel biológico de Ron na colite.”
Waltz disse que devido à experiência
de seu laboratório relacionada ao câncer com seu estudo sobre Ron e HGFL, ela e
seus colegas tinham todas as ferramentas para conduzir o
estudo dessas proteínas em doença inflamatória intestinal.
No estudo, Waltz e Rishikesh
Kulkarni, PhD, um pós-doutorado no departamento de biologia do câncer da Universidade da Califórnia,
usou modelos animais com colite. Um grupo não tinha Ron, enquanto o outro
tinha. "Nós descobrimos que a perda genética de Ron levou a uma inflamação
agressiva e danos ao cólon em modelos com doença inflamatória intestinal",
diz ela.
A perda de Ron também levou
a uma redução significativa do peso corporal e uma importante diminuição das
células de crescimento do tecido do cólon, bem como o aumento da produção de
citocinas pró-inflamatórias (proteínas importantes na sinalização celular), o que
foi associado a alterações importantes nas vias de sinalização conhecidas por
regular a doença inflamatória intestinal.
“Além disso, há um certo
número de pequenas mudanças chamadas de polimorfismos de nucleotídeos simples
(SNP) em humanos que são mapeados tanto para o Ron quanto para o gene HGFL e
foram identificados com forte associação para doença inflamatória intestinal em
humanos”, Waltz disse. “Nossos estudos sugerem que esses SNPs possam diminuir a
função de Ron e de HGFL levando à inflamação intestinal crônica e danos”.
“Com o conhecimento que nós
temos por estudar essas proteínas na biologia do câncer, nós esperamos que essa
informação possa ser usada para ajudar os pacientes com doença de Crohn e
colite ulcerativa. Porém, mais estudos sobre a via de sinalização de Ron são necessários
e podem revelar um alvo novo e importante para estas doenças”.
Estes resultados são
publicados na edição on-line do American Journal of Physiology-Gastrointestinal
and Liver Physiology.
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