Pesquisadores da universidade McMaster, Canadá,
descobriram uma molécula chave que pode levar a novas terapias para aqueles que
sofrem com doença celíaca, uma condição dolorosa que até o momento intratável.
A doença celíaca é caracterizada pela intolerância dos
indivíduos que a tem de digerir glúten. Pessoas que são geneticamente
predipostos a essa sensibilidade irão provocar uma resposta ao imune ao ingerir
algo que contenha tal proteína que por fim levará à destruição da mucosa
intestinal, dores abdominais, mudança na frequencia de idas ao banheiro,
desnutrição e muitos outros sintomas que podem incluir desde anemia a problemas
neurológicos.
Portadores da doença celíaca não podem comer alimentos
que contenham trigo por exemplo que é um alimento presente no dia a dia da
dieta ocidental.
Pesquisadores na Farmcombe Family Digestive Health
Research Institute da Universidade de McMaster descobriram uma molécula –
elafin – que está presente na mucosa intestinal de indivíduos saudáveis mas em
celíacos encontra-se em número reduzido. Esse estudo foi publicado no “The
American Journal of Gastroenterology.”
Quando celíacos comem algo que contenha glúten, as
enzimas presentes no sistema digestivo não conseguem digerí-lo com isso inflamação
é induzido pelos pepitídeos que não são quebrados. Essa inflamação, então,
piora com a presença de uma enzima chamada transglutaminase 2.
Uma descoberta fascinante nesse estudo foi que elafin
ao interagir com a enzima transglutaminase 2 diminuiu a a reação enzimática que
aumenta a toxicidade dos pepitídeos derivados do glúten. Em estudos com ratos
os pesquisadores notaram que a administração da molécula elafin protegia a
mucosa intestinal que é danificada pelo glúten.
ASSINE NOSSO BOLETIM INFORMATIVO
Quem é celíaco sabe o quanto é difícil seguir uma dieta
totalmente sem glúten porque ele não é usado apenas na industria alimentícia,
mas também cosméticos e medicamentos.
“Pessoas que têm uma dieta sem glúten sempre acha
difícil manter-se livre da proteína devido a esses produtos nos quais glúten
pode estar escondido,” disse Elena Verdu que é professora adjunta na faculdade
de Medicina na Michael G. DeGroote School of Medicine. “Há uma grande
necessidade de uma terapia que protegerá celíacos dessas contaminações cruzadas
e escondidas.”
Verdu disse também que os resultados dessa pesquia
aumenta a possibilidade da administração de elafin como uma terapia que
auziliará um dieta sem glúten. “Isso adicionaria flexibilidade à vida de alguém
que atualmente é totalmente restrita no que se refere a dieta e com isso
melhorar a qualidade de vida dessas pessoas assim como acelerar a cicatrização
das lesões causadas pela doença.”
Esse estudo tem implicações além da doença celíaca.
Recentemente intolerância ao glúten tem se mostrado em
pessoas que não são celíacos.
Novas terapias como essa ajudaria no tratamento de
condições comuns do sistema gastrodigestivo como por exemplo na síndrome do
intestino irritável que pode também ser iniciada pela ingestão de alimentos
contendo glúten.
O texto acima foi baseado em materiais disponibilizados pela McMaster University.
0 comentários:
Post a Comment
Muito obrigado pelo seu comentário e/ou pergunta. Responderemos o mais rapidamente possível.