O tratamento para doença inflamatória intestinal pode aumentar o risco de câncer de pele?
Uma pesquisa recente,
publicada em fevereiro deste ano (Journal Clinical Gastroenterology and
Hepatology) sugeriu que a doença inflamatória intestinal pode aumentar o risco
de melanoma, o tipo mais perigoso de câncer de pele. Isso quer dizer que é
importante você estar atento a alterações na sua pele e visitar o médico
regularmente.
O risco de melanoma é independente do tratamento
Neste estudo encontraram chance
de 37% a mais de portadores de doença inflamatória intestinal desenvolverem câncer
de pele em comparação com a população geral. Mas não há motivo para pânico: o
melanoma, se tratado precocemente, é 100% curável.
Os pesquisadores da Mayo
Clinic, em Minnesota, nos Estados Unidos, não encontraram ligação entre
melanoma e risco de doença de pele em pacientes com doença de Crohn ou
retocolite que fazem uso da terapia biológica.
A doença inflamatória intestinal pode aumentar risco de outros cancêres de pele?
Um estudo recente, publicado
em março deste ano, analisou oito estudos sobre o caso e encontrou um risco “moderado”
de câncer de pele não-melanoma associado ao uso das tiopurinas
(Azatioprina/Imuran e 6-Mercaptopurina) no tratamento das doenças inflamatórias
intestinais. Exemplos desses tipos de cânceres são o carcinoma espinocelular e
basocelular.
Em contrapartida, um
pesquisador – professor Jess – apresentou um resultado diferente no ano passado.
Segundo ele “é biologicamente plausível que os pacientes com doença inflamatória
intestinal tratados com tiopurinas podem ter um risco maior de câncer de pele
não-melanoma, já que esses agentes aumentam a sensibilidade do DNA para os
danos causados pelos raios ultravioletas do sol”.
Ainda não há diretrizes
específicas para prevenção do melanoma e do câncer de pele não-melanoma. O
contrário acontece com pacientes que fazem transplantes de órgãos e também recebem
medicamentos imunossupressores (como as tiopurinas): eles são aconselhados a
fazer exames de pele pelo menos 1 vez por ano. Portanto, é importante que os
dermatologistas sejam envolvidos no tratamento de pacientes com doença de Crohn
ou retocolite ulcerativa.
Cuidados
Os estudos mais recentes
mostram o risco aumentado de pacientes com doença de Crohn e retocolite
ulcerativa desenvolverem câncer de pele, independente dos medicamentos que
estão usando. Sendo assim, é de suma importância que você consulte um médico
dermatologista todo ano e fique atento a qualquer alteração na sua pele. Como
já dissemos, se for descoberto a tempo, o melanoma é 100% curável, mas se
demorar a diagnosticar e tratar pode até mesmo causar risco de morte.
Na falta de diretrizes
específicas, as recomendações gerais são:
- Utilizar
filtro solar sempre;
- Evitar
bronzeamento artificial;
- Quando
necessário, usar roupas de proteção.
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Quais
os sintomas do câncer de pele?
- Qualquer
mudança em sua pele, especialmente verruga ou qualquer novo crescimento;
- Inchaço
ou sangramento;
- Alguma
lesão que está coçando, é sensível ou dolorosa.
O melanoma tem forma irregular,
variedade de cores, fica mudando e pode ser maior que uma borrachinha daquelas
que ficam no lápis. Se você notar qualquer dessas alterações, procure o
dermatologista o mais rápido que puder.
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