Esse texto foi extraído da Revista ABCD em FOCO com a devida autorização.
Não dá para negar que é difícil lidar com situações como essas. Mas o importante é que não é impossível. Os problemas, sejam quais forem, fazem parte da vida. Temos que usar a cabeça para dar a eles o tamanho que têm, e não aumentá-los. Veja as palavras sábias do psiquiatra Avelino Rodrigues sobre o assunto: "Quanto mais os parceiros conseguirem encarar e lidar de forma natural com essas questões, menos elas vão interferir na sua relação afetiva e amorosa." Para as pessoas maduras, bem resolvidas e que já deixaram para trás as inseguranças bobas que tanto atrapalham a vida, conviver bem com a doença inflamatória intestinal, inclusive sexualmente, é mais simples. "A doença não atrapalha em nada a qualidade da minha vida sexual", diz a jornalista Maria Amalia Bernardi, 45 anos, que tem Crohn há quase dez. "Pode atrapalhar, em fases de crise, a quantidade - mas por sorte as crises não duram para sempre."
Não dá para negar que é difícil lidar com situações como essas. Mas o importante é que não é impossível. Os problemas, sejam quais forem, fazem parte da vida. Temos que usar a cabeça para dar a eles o tamanho que têm, e não aumentá-los. Veja as palavras sábias do psiquiatra Avelino Rodrigues sobre o assunto: "Quanto mais os parceiros conseguirem encarar e lidar de forma natural com essas questões, menos elas vão interferir na sua relação afetiva e amorosa." Para as pessoas maduras, bem resolvidas e que já deixaram para trás as inseguranças bobas que tanto atrapalham a vida, conviver bem com a doença inflamatória intestinal, inclusive sexualmente, é mais simples. "A doença não atrapalha em nada a qualidade da minha vida sexual", diz a jornalista Maria Amalia Bernardi, 45 anos, que tem Crohn há quase dez. "Pode atrapalhar, em fases de crise, a quantidade - mas por sorte as crises não duram para sempre."
Maria Amalia tem um casamento muito feliz, de acordo com o que afirma. E
considera que ter uma relação estável e harmoniosa com uma pessoa madura, faz o
problema praticamente desaparecer. "Para quem sofre desta doença e ainda
está na fase de trocar de namorado(a) ou não tem uma relação de real
cumplicidade, lidar com sexo deve ser muito duro." A maturidade, de fato,
faz a maior diferença, em relação a sexo e a qualquer outra coisa. Com os
adultos imaturos, e sobretudo com os adolescentes, tudo é mais sofrido. À vezes
eles nem iniciaram a vida sexual. E se iniciaram, podem não ter uma namorada(o)
fixa(o).
"Tenham ou não iniciado a via sexual, os pacientes jovens precisam se preparar para conviver com a sua condição e assimilar as possíveis conseqüências", diz o psiquiatra Pitta. "Ninguém deve abrir mão de ter uma vida sexual satisfatória, mas para isso é necessário fazer um esforço grande e contínuo." Todos os especialistas das diversas áreas ligadas ao tratamento da DII acreditam que fazer parte de um grupo de apoio é uma boa saída para as pessoas que estão envolvidas numa situação de doença. Independentemente de se procurar um grupo só para falar de sexo, é importante trocar experiências com outras pessoas que têm os mesmos problemas. "Participar de um grupo de apoio é como trocar figurinha, um ajuda o outro", diz Sergio Luiz Savone, 49 anos, empresário do setor de eventos.
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Savone descobriu que tinha Crohn em l986 e já sofreu muito por causa da doença.
Há quatro anos ele participa mensalmente de um dos grupos de apoio da ABCD, a
Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn, e afirma que
passou a se sentir muito melhor, em todos os aspectos. "Quando a gente vê
que outras pessoas têm um problema igual ao nosso e fica sabendo como elas
lidam com isso, acabamos banalizando o problema, ou seja, ele deixa de ter
tanta importância", diz Savone. Casado há 21 anos, o empresário garante
que o Crohn nunca foi motivo de desunião entre ele e sua mulher. "A doença
pode até ser uma boa desculpa para uma relação dar errado, mas não é a causa
verdadeira", diz. "Quando estou em crise, me sentindo mal, não quero
saber de sexo. Mas se estou bem, a doença não afeta esse lado da minha vida em
absolutamente nada." Na opinião de Savone, o que realmente faz diferença
para o sexo ser uma coisa boa é a mentalidade e o estado de espírito da pessoa.
Ou seja, a cabeça é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso da vida
sexual.
"Pimenta nos olhos dos outros é colírio", diz um velho ditado. Não se sabe no que o autor deste ditado se inspirou para criá-lo, mas ele tinha razão. Para quem não tem ou não vive um determinado problema - qualquer que seja ele - é complicado entender as dificuldades de quem tem. Por isso, falar de sexo pode ser menos difícil para quem não tem empecilhos físicos do que para uma pessoa que enfrenta algum tipo de dificuldade. Se a partir de um problema físico ou emocional - que qualquer um de nós pode ter, que fique bem claro -, soubermos viver em harmonia e nos tornarmos pessoas melhores, valeu a pena enfrentar dissabores. No que se refere a sexo, é a mesma coisa. Se os parceiros aprenderem a ser mais solidários e criativos, sua vida sexual certamente será muito melhor, apesar da doença.
Fica aqui uma injeção sexual de otimismo para quem tem, ou não, um problema físico: use sua imaginação. E aproveite que a vida é uma só!!
A vida sexual
das pessoas que têm um problema sério de saúde também é afetada. Quando esse
problema é Crohn ou colite ulcerativa, o sexo pode ser uma questão
complicada.
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