Para aqueles que vivem com
distúrbios gastrointestinais, tais como úlceras ou doença de Crohn, o
tratamento muitas vezes significa atenuar os sintomas incômodos através de
medicamentos ou mudanças na dieta. Mas e se o tratamento um dia significasse
acabar com o velho intestino e reconstruir um novinho livre de tecidos inflamados ou
doentes?
Os cientistas do Brigham and
Women’s Hospital (BWH) e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT)
estão esperançosos que os seus novos estudos levarão a essa possibilidade. Na pesquisa em desenvolvimento, eles foram
capazes de cultivar grande número de células-tronco intestinais e então as
estimularam para que desenvolvessem em diferentes tipos de células intestinais
maduras.
O estudo foi publicado on-line
neste mês na Nature Methods.
"Ter a capacidade de
produzir um grande estoque de células-tronco intestinais pode ser extremamente
útil para a terapia com esse tipo de célula. Desse modo poderiamos usá-las para
desenvolver uma nova mucosa intestinal nos pacientes portadores da doença
inflamatória intestinal como a doença de Crohn e colite ulcerativa", disse
Jeffrey Karp, PhD, e integrante da ‘Division of Biomedical Engineering’(Divisão
de engenharia biomédica), ‘BWH Departament of Medicine’ (Departamento de
medicina), co-autor sênior do estudo."
Estas células também poderiam ser
úteis para as empresas farmacêuticas avaliarem e pesquisarem mais profundamente
e assim identificar novas drogas que
poderiam regular desde a doença inflamatória intestinal até diabetes e obesidade. Entretanto, até hoje
não houve uma maneira eficaz de criar um número de células -tronco intestinais
adequado."
Nas criptas do intestino humano (são [equenas
glândulas encontradas entre as vilosidades do intestino delgado) estão células
-tronco adultas imaturas que convivem ao lado de células especializadas
chamadas células Paneth, que são células do intestino
delgado com função anti-bacteriana, anti-fúngica e anti-viral. As células-tronco permanecem imaturas enquanto
continuam em contacto com as células de Paneth. Mas os investigadores
descobriram que, quando as células de Paneth são removidas e substituídas por
duas pequenas moléculas envolvidas na sinalização de células, estas moléculas
pode fazer com que as células-tronco se proliferem em populações puras. E, através
da introdução de outras moléculas na mistura faz com que as células puras se
desenvolvam em células intestinais maduras especializadas.
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"Esta é uma oportunidade de
gerar um grande número de células maduras gastrointestinais, algo que antes não
era possível, e assim permitir a seleção de quais células devem ser estimuladas
a proliferar em maior número aumento a eficiência dessas células", disse
Yin Xiaolei, PhD, integrante do ‘Center
for Regenerative Therapeutics’ (Centro de Regenerativa Therapeutics), ‘BWH Department
of Medicine’ (Departamento de Medicina), autor principal do estudo.
Além disso, os pesquisadores
observaram que suas descobertas poderiam ser potencialmente aplicada in vivo utilizando medicamentos de
pequenas moléculas para ajudar a regenerar células para que essas substituam o
tecido intestinal danificado pela doença.
"Isso abre as portas para se
fazer todo tipo de coisas, desde a reconstrução de um novo intestino para
pacientes com doenças intestinais até para
fazer medicamentos que tragam mais segurança e eficácia", disse Robert
Langer, ScD , MIT, co -autor sênior do estudo.
Esta
pesquisa foi suportada pelo National Institutes of Health and Harvard Institute
of Translational Imunologia / HelmsleyTrust Pilot Grant Crohn’s disease.
Esse artigo foi escrito com o material disponibilizado pelo Brigham And Women's Hospital.
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