Exame da cápsula endoscópica
Em muitos casos, é difícil
fechar o diagnóstico da doença de Crohn ou da retocolite ulcerativa. Os exames
de imagem são imprescindíveis para isso e hoje vamos falar sobre um deles: a
cápsula endoscópica. Já abordamos sobre outros exames, como a colonoscopia e
outros métodos diagnósticos.
O que é e como é feito?
A cápsula endoscópica é um exame
não invasivo, não requer sedação e praticamente não tem riscos. É um
procedimento muito simples e não dói. O paciente engole normalmente uma cápsula
descartável que é do tamanho de um comprimido grande (cerca de 2,5 cm), com
ajuda de água. Nessa cápsula há uma mini câmera que também é capaz de tirar
fotos.
À medida que a cápsula vai
passando pelo trato gastrointestinal, ela vai captando imagens e as envia para
um gravador que fica na cintura do paciente, onde as imagens serão armazenadas.
Essa transmissão das imagens ocorre através de 8 sensores conectados ao abdômen
do paciente. Oito horas de duração (tempo da bateria) geram, em média, 50 mil
imagens (são tiradas 2 fotos por segundo). Como a cápsula passa por todo o
trato gastrointestinal, ela é naturalmente eliminada nas fezes. E o paciente
não precisa ficar em repouso, ele pode fazer suas atividades rotineiras
moderadamente.
Para que serve?
A cápsula endoscópica
alcança lugares que a endoscopia e a colonoscopia não alcançam. No caso da
doença de Crohn, que pode afetar o intestino delgado, esse exame é muito
importante visto que a colonoscopia não chega até essa parte do intestino (ela
alcança todo o cólon e pode chegar até o íleo terminal).
Até a criação desse exame, o
intestino delgado era analisado por meio de endoscopia e enteroscopia. Os resultados
não eram tão eficazes porque o máximo que esses exames conseguem analisar são 2
metros do intestino, enquanto que a cápsula endoscópica analisa o órgão inteiro.
Segundo o dr. Ricardo Leite Ganc, endoscopista do Hospital Israelita Albert
Einstein, a cápsula é eficaz em até 80% dos diagnósticos, contra apenas 35% da
eficácia de outros exames.
No entanto é importante
dizer que a cápsula não substitui a endoscopia e∕ou colonoscopia sendo,
portanto, um procedimento coadjuvante, mas é fundamental para as doenças do
intestino delgado.
Especificamente para a
doença de Crohn: a visibilidade e análise do intestino delgado pode
reclassificar a doença de Crohn e até mesmo modificar seu tratamento.
Tem que fazer preparo?
É necessário jejum de 8 a 12
horas. Além disso, deve-se fazer o preparo intestinal (com auxílio de
laxativos) para permitir uma boa visualização da mucosa do intestino.
Após 2 horas da ingestão da
cápsula pode beber líquidos claros e, após 4 horas, fazer refeições leves.
A cápsula serve só para o diagnóstico da doença de Crohn ou tem outra indicação?
Existem outras doenças ∕ situações
clínicas que acometem o intestino delgado e, portanto, também podem ser
investigados através da cápsula endoscópica. Dentre elas podemos citar:
- Doença
celíaca
- Tumores
- Pólipos
∕ síndromes polipoides
- Angiectasias
hereditárias
- Diarreia
crônica
- Íleo
com sangramento ativo
- Sangramento
intestinal oculto
- Rejeição
no transplante de intestino delgado.
Tem alguma contra indicação?
- Pacientes
que tem obstrução intestinal
- Pacientes
que tem alguma impossibilidade de engolir a cápsula.
Fonte: www.ieced.com.ec
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Quais as vantagens?
- Conforto
- Segurança
- Mobilidade
- Não
precisa de anestesia
- Não
precisa internar
- Pode ser aplicada no consultório, em casa e até em pacientes internados na UTI.
E as desvantagens?
- Alguns
pacientes com estenose não podem fazer esse exame, pois a cápsula pode
ficar presa no intestino.
No entanto, para evitar esse
problema foi desenvolvida uma nova cápsula, chamada Patency que, se ficar presa
no intestino delgado, pode ser localizada por um aparato especial e, caso não seja
eliminada, ela se dilui evitando o quadro de oclusão intestinal (É considerado
retenção da cápsula quando ela não é eliminada nas fezes em até 14 dias).
- A
cápsula endoscópica não permite biópsia, sendo assim não é possível fazer
o estudo histológico de lesões encontradas.
Existe reação adversa?
As reações adversas mais comuns
são dores abdominais, náuseas, vômitos e retenção da cápsula.
Dá pra fazer esse exame pelo SUS?
Infelizmente nem todo lugar
faz esse exame pelo SUS. E o elevado preço dele é outra desvantagem. Em
hospitais particulares esse exame custa de R$3.000 a R$4.000.
e os planos de saude fazem reembolso para esse tipo de axame??
ReplyDeleteOlá, vai depender de qual plano você tem, por isso ligue para o plano e pergunte diretamente. Obrigado
DeleteEu estou brigando junto ao meu convenio para conseguir.
ReplyDeleteSe negarem a cobertura, recorra a ANS e faça uma reclamação informando o número de protocolo que você abriu junto ao convênio.
minha filha fez o exame em Marilia ( hospital da Universidade), o médico mal informado nos fez perder os 4.000 reais do exame pois não fez o exame de forma correta. Médico sem preparo, cuidado com esses canastrões que se aproveitam da fragilidade do paciente e fazem o exame de forma errada. Mas o exame em si é otimo só precisa procurar por medicos capacitados para fazê-lo
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