A Cafeína pode aumentar os sintomas na DII
O que é cafeína?
A cafeína
é um composto químico encontrado em algumas plantas e utilizado há séculos para
o consumo humano por meio de alimentos como o café, o chocolate, guaraná, cola, chá-mate e o
cacau. Também pode ser encontrada em analgésicos e inibidores de apetite. É um
poderoso estimulante que atua no sistema nervoso central, principalmente no
cortex cerebral e causa o aumento da produção de suco gástrico, motivo pelo
qual deve ser consumida com moderação por pessoas que tenham úlcera digestiva.
Ela também
ativa o estado de alerta, pois bloqueia a recepção da adenosina (que é um
neurotransmissor responsável por nos deixar relaxados). Embora seja considerada
uma droga e cause dependência química, a cafeína é uma substância extremamente
popular e está entre as drogas mais consumidas do planeta.
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também: Úlcera péptica
Como a cafeína atua no cérebro?
Consumida
em doses baixas e moderadas, a cafeína provoca uma melhora no processo
cognitivo e psicomotor, diminui o cansaço, a sonolência e melhora o estado de
alerta, audição, visão, concentração e coordenação motora. Isso acontece porque
ela se liga aos receptores do cérebro onde a adenosina deveria se encaixar. Só
que como ela não tem o mesmo efeito que a adenosina (ou melhor, tem o efeito
contrário), o neurotransmissor não consegue realizar seu trabalho e o corpo
fica em estado de alerta.
Qual a quantidade ideal de cafeína para consumo diário?
Especialistas
consideram que a quantidade ideal é cerca de 300 mg por dia, ou seja, 2 a 3
xícaras de café ou então no máximo 5 a 6 latas de refrigerantes derivados de
cafeínas, como os com extrato de cola. É importante lembrar que a quantidade de
cafeína nos alimentos varia dependendo do tamanho da porção, do tipo do produto
e do método de preparo. No caso do café e dos chás, a variedade da planta
também interfere na quantidade de cafeína.
O consumo
diário acima de 700 mg por dia demonstra vício e pode trazer danos à saúde.
Confira
esse quadro com a quantidade de cafeína nos alimentos:
Alimento
|
Quantidade
de Cafeína (em mg)
|
Café 140
ml
|
|
Coado expresso
|
115
|
Coado
|
80
|
Instantâneo
|
65
|
Descafeinado,
coado
|
3
|
Descafeinado,
instantâneo
|
2
|
Chá verde
140 ml
|
|
Coado
|
40
|
Coado,
marcas importadas
|
60
|
Instantâneo
|
30
|
Refrigerantes
à base de cola 170 ml
|
18
|
Bebidas
à base de cacau 140 ml
|
4
|
Leite
achocolatado 220 ml
|
5
|
Chocolate
preto meio doce 28g
|
20
|
Xarope
de chocolate 28 g
|
4
|
Benefícios e Malefícios da cafeína
Se
consumida em excesso a cafeína pode causar agitação, ansiedade, dor de cabeça,
insônia e a contração das veias e artérias, dificultando a circulação sanguínea
e acelerando os batimentos cardíacos. Para mulheres grávidas, obstetras
recomendam que tomem pouco ou até mesmo cortem o café da dieta, para evitar que
o composto interfira na formação do bebê.
Porém,
longe de só trazer alguns malefícios à saúde, a cafeína também ajuda no
controle de peso, aumento da concentração, melhora o humor e diminui a fadiga.
Apesar de causar dores de cabeça se consumida em excesso, alguns médicos
recomendam o café em pequenas doses no tratamento da enxaqueca. Isso porque a
cafeína ajuda a contrair os vasos sanguíneos que provocam a dor. Outro
benefício importante diz respeito ao sistema respiratório, visto que a cafeína
estimula um aumento discreto da frequência e intensidade da respiração.
Para os
atletas, no entanto, algumas observações. A cafeína possui forte efeito
diurético, o que significa a possibilidade de desidratação em atividades
prolongadas. Como é considerada uma droga, ela também é incluída nos
regulamentos de doping de todas as federações desportivas. Para ser considerada
doping, a dose deve ser a partir de 12mcg/ml, o que se consegue tranquilamente
com a quarta xícara de café. Portanto, todo o cuidado é pouco!
Continue lendo abaixo sobre cafeína e doença inflamatória intestinal
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Cafeína e doença inflamatória intestinal
Não existe
ainda um muitas pesquisas disponíveis demonstrando especificamente que a
cafeína pode ter impacto sobre os indivíduos com doença de Crohn e colite
ulcerativa.
No
entanto, como falamos algumas pessoas se sentem pior ao tomar cafeína,
principalmente quando se está em crise. Por exemplo , é um fato bem conhecido
que a cafeína produz um efeito laxativo, por isso, se a diarreia é já um
problema, esta pode piorar os sintomas existentes. A cafeína também eleva os
hormônios do estresse e faz o sangue ser desviado do estômago, o que pode
agravar a digestão. A cafeína também é altamente ácida, e, como resultado ,
pode criar aumento do ácido acumulado no estômago. E, finalmente , a cafeína
age como um diurético que pode levar à desidratação. Manter-se hidratado(a)
pode ser particularmente importante se você está vivendo com a doença de Crohn
ou colite ulcerativa.
Outro
importante fator é o componente viciante que a cafeína possui, e isso pode
gerar efeitos de abstinência quando se tenta parar. Principalmente quando
alguém toma mais de 700mg de cafeína por dia, algo em torno de 5 xícaras ou
mais de café. Então, tem-se que levar em consideração a abstinência associada
com a diminuição da ingestão de cafeína. Sintomas de abstinência de cafeína
pode envolver dolorosas dores de cabeça, náuseas, vômitos e alterações
digestivas.
Tomar a
decisão de que seria melhor cortar a cafeína da sua dieta, pode ser difícil,
mas caso resolva fazê-lo diminua gradualmente a ingestão de cafeína ao invés de
eliminar a cafeína de repente. Esta abordagem pode reduzir alguns dos sintomas
da abstinência.
Outra
coisa a considerar relacionado à cafeína e doença inflamatória intestinal é a
natureza da doença digestiva. Como sabemos muitos alimentos afetam os sintomas
da DII e o faz diferentemente em cada pessoa.
Em resumo,
os efeitos adversos de muitos alimentos e bebidas depende em grande parte de
quando, quanto e como um alimentos será consumido pois como falamos lguns
portadores de DII relatam reações diversas com o consumo de cafeína dentro dos
limites normais enquanto outras nem tanto.
Caso
levemos em consideração apenas os efeitos gerais da cafeína os pacientes de
doença inflamatória intestinal deveriam evitar o consumo dela porque essa
substância irrita o intestino e com isso pode vir aumentar os sintomas da
doença de Crohn e da colite ulcerativa, entre eles as dores abdominais e a
diarreia. Lembre-se que ela atua no sistema nervoso central e causa o aumento
da produção de suco gástrico, o que pode tornar a vida de alguns portadores de
DII bastante desagradável. Mas essa não é a verdade para todos.
Quantos
cafezinhos você toma por dia? Caso tome, como se sente?
Eu tenho DII e ultimamente percebi que a QUALIDADE do café interfere na doença. Cafés bons são suaves, não são sentidos pelo sistema digestivo, não deixam nervoso nem agitado. Infelizmente, a maioria dos cafés que o brasileiro consome são pessimos para o metabolismo, agressivos demais. Vale a pena pesquisar e investir em café de qualidade, tendo DII ou não.
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