Medicamentos Genéricos
O que são medicamentos genéricos?
Um medicamento genérico é um produto
com a mesma substância ativa, forma farmacêutica, dosagem e indicação que o
medicamento original produzido por um grande laboratório, mas comercializado
com preços 35% menores que os medicamentos de marca. Em geral, esses
medicamentos são produzidos quando a patente do medicamento original expira.
Com isso, não só a produção do remédio deixa de ser de exclusividade da empresa
que registrou a patente como o próprio custo de produção diminui, visto que os
fabricantes de genéricos não precisam investir em novas pesquisas e nem refazer
os estudos clínicos que dão cobertura aos efeitos colaterais, tornando o
produto final mais barato para o consumidor.
História dos Medicamentos Genéricos
A indústria de genéricos teve origem
na década de 1960 por iniciativa do governo dos Estados Unidos. Na época, o
estado norte-americano buscava uma alternativa legal para reduzir os custos dos
tratamentos de saúde e ampliar o acesso da população aos medicamentos. Por
serem cópias de patentes expiradas e não implicarem no custeio de novas
pesquisas e estudos clínicos, os genéricos se mostraram, desde o primeiro
momento, efetivamente mais baratos que os medicamentos de referência.
Entretanto, só em 1984 os norte-americanos estabeleceram os critérios legais
que viriam a ser adotados internacionalmente para o registro deste tipo de
medicamento. A definição dessas regras possibilitou que os genéricos ganhassem
legitimidade internacional e competitividade no mercado de fármacos. Com o
passar do tempo, países como Alemanha, Inglaterra e Brasil também adotaram a
política de produção de genéricos, beneficiando a população com a oferta de
medicamentos seguros e de baixo custo.
Quando os genéricos surgiram no Brasil?
No Brasil, o programa de medicamentos
genéricos foi criado em 1999 com a promulgação da Lei 9.787, formulada com o
objetivo de ampliar o acesso da população aos tratamentos medicamentosos disponíveis
no mercado. Quase quinze anos após a aprovação da lei, é possível afirmar que
os medicamentos genéricos tem colaborado significativamente para que muitos
brasileiros que não estavam se medicando ou que tinham dificuldade para obter
medicamentos de referência devido ao custo elevado desses produtos passassem a
ter uma alternativa viável para dar continuidade a um tratamento medicamentoso.
De acordo com a Associação Brasileira
de Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos), atualmente a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem registrados medicamentos
genéricos de 431 princípios ativos, totalizando mais de 18.585 apresentações e
aproximadamente 30 classes terapêuticas, englobando as patologias que mais
frequentemente acometem a população brasileira e grande parte das doenças
crônicas de maior prevalência. Estima-se que no Brasil os genéricos já
correspondem a 27,15% das vendas em unidades no conjunto do mercado
farmacêutico. Em países como os Estados Unidos, onde o mercado de genéricos já
tem mais de 20 anos de existência, esse índice chega a 80%.
Como reconhecer um medicamento genérico no Brasil?
Na embalagem dos genéricos deve estar
escrito "Medicamento Genérico" dentro de uma tarja amarela com uma
letra “G” maiúscula. Além disso, deve constar na embalagem a Lei nº 9.787/99,
que instituiu a política de medicamentos genéricos no país. Como os genéricos
não têm marca, o que você lê na embalagem é apenas o princípio ativo do
medicamento.
É seguro trocar um medicamento de referência por um genérico?
Os critérios técnicos para registro
destes medicamentos no Brasil seguem padrões semelhantes aos adotados em países
como Canadá e EUA, entre outros centros de referência de saúde pública no
mundo. De acordo com a lei em vigor, os genéricos só podem chegar ao consumidor
depois de passarem por dois principais testes laboratoriais. O primeiro é o
teste de bioequivalência, realizado em seres humanos. Ele garante que as
substâncias presentes no medicamento serão absorvidas na mesma concentração e
velocidade que os medicamentos de referência. O segundo é o teste de
equivalência farmacêutica, que garante que a composição do produto é idêntica
ao do medicamento inovador que lhe deu origem. Certificada a sua qualidade, o
medicamento genérico está pronto para ser comercializado. Caso o médico não
prescreva diretamente o genérico ao paciente, a substituição do medicamento de
referência pode ser recomendada pelo farmacêutico responsável, nos
estabelecimentos de varejo, com total segurança para o consumidor.
Onde encontrar maiores informações?
A Anvisa possui um site específico
para quem busca informações sobre medicamentos genéricos.
Lá você encontra a lista completa de genéricos disponíveis no Brasil, os
genéricos fornecidos pelo SUS, novos registros e os endereços de farmácias
especializadas.
Há medicamentos genéricos para doença de Crohn e colite ulcerativa no mercado brasileiro?
Sim. Confira a lista de alguns
medicamentos para DII que podem ser encontrados nas farmácias do país:
- Ciclosporina
- Metotrexato
- Mesalazina
- Hidrocortisona
- Prednisona
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