Megacólon tóxico - Uma complicação que pode ser perigosa
Como explicamos neste post o megacólon tóxico é uma complicação intestinal aguda que pode ocorrer principalmente nos portadores de retocolite ulcerativa e, com menos frequência, nos portadores de doença de Crohn. A chance de desenvolver é cerca de 2,5% dos pacientes e a incidência entre os que já foram hospitalizados vai de 6 a 17%.
Como explicamos neste post o megacólon tóxico é uma complicação intestinal aguda que pode ocorrer principalmente nos portadores de retocolite ulcerativa e, com menos frequência, nos portadores de doença de Crohn. A chance de desenvolver é cerca de 2,5% dos pacientes e a incidência entre os que já foram hospitalizados vai de 6 a 17%.
O megacólon tóxico é uma
emergência médica potencialmente fatal que exige rápida e progressiva monitorização
e intervenção médico-cirúrgica. A agudização grave precisa de atenção imediata
e possivelmente hospitalização. Define-se como agudização grave a presença de 6
ou mais episódios de diarreia por dia e evidências de sinais de toxicidade sistêmicas
demonstrados por febre, taquicardia, anemia ou elevação da velocidade de
sedimentação.
Por que acontece o megacólon tóxico?
O megacólon tóxico
apresenta-se como uma diminuição abrupta da motilidade colônica, com
consequente dilatação e toxemia por translocação bacteriana, perda de líquidos e
de eletrólitos e iminência de choque. Outros fatores, além da doença podem servir
como desencadeador, entre eles: colonoscopia ou realização de enema, parada
abrupta do corticoide, uso narcóticos, quimioterápicos ou colinérgicos e
infecções associadas, como a colite por Clostridium
difficile ou por citomegalovírus.
Como é feito o diagnóstico do megacólon tóxico?
Se houver dilatação não
obstrutiva do cólon (mais de 6 cm de diâmetro no cólon transverso) associada
aos achados tóxicos sistêmicos, estamos perante um quadro de megacólon tóxico,
uma emergência médica potencialmente fatal
que exige rápida e progressiva monitorização e intervenção médico-cirúrgica.
Esses achados tóxicos sistêmicos
incluem temperatura acima de 38ºC, frequência cardíaca acima de 90 batimentos∕minuto,
leucocitose acima de 20.000∕mm³, anemia com hematócrito abaixo de 60% do
normal, desidratação, confusão mental, alteração eletrolítica e pressão baixa.
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Como é feito o tratamento do megacólon tóxico?
O tratamento deve ser
vigoroso e rápido e, clínico, por no máximo 72 horas, ou seja, dependendo do
estado do paciente, a cirurgia deve ser considerada mesmo antes de completar
esse período.
Para saber mais sobre
cirurgias, leia esse post.
O que pode acontecer enquanto você está no hospital?
As formas de tratamento e as
intervenções dependem muito de cada paciente e do estado que ele estiver, mas o
que pode ser feito com todos é o seguinte:
- Hidratação, principalmente através do soro na veia.
- Correção de eletrólitos. Sódio, potássio, cálcio, fósforo etc podem estar alterados e isso será corrigido. Algumas vezes é através do soro mesmo, em outras faz-se uso de medicações ou outras formulações especiais.
- Antibiótico de largo espectro, ou seja, que alcança uma grande variedade de bactérias.
Outras coisas podem ser
feitas como:
·
Jejum oral, ou seja, o paciente não vai
ingerir nada.
·
Sonda nasoentérica aberta: uma sonda vai do
seu nariz até o intestino para “drenar” os resíduos acumulados ali no
intestino.
·
Corticóide parenteral: ao invés de você tomar
o antibiótico, ele será colocado na veia.
·
Uso de medicações como ciclosporina e
Infliximab.
Caso não tenha melhora em
ate 72 horas é indicado a cirurgia chamada colectomia. Mas se houver suspeita
de perfuração ou dilatação crônica progressiva (12 a 15 cm) ou sangramento
importante, a cirurgia deve ser imediata.
Mas não confunda com outros
sangramentos. Como sempre, é o médico que ai avaliar a gravidade, até porque o
sangramento distal é comum em quadros de retocolite com atividade importante,
porém raramente é um quadro emergencial, já que na maioria das vezes responde
ao tratamento clínico. Mas quando ele é de grande volume (apenas 5% dos casos),
os pacientes devem receber rápida reposição volêmica e fazer a cirurgia (colectomia)
assim que possível.
Portanto não deixe de
procurar seu médico imediatamente na ocorrência de quaisquer sintomas que
citamos acima.
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