Num outro post falamos sobre as alterações oftalmológicas
como sendo uma das manifestações extra intestinais. Hoje falaremos de outra,
que é a segunda mais comum nas doenças inflamatórias intestinais: as
manifestações dermatológicas.
Gostaríamos de esclarecer que o texto e as figuras são
meramente explicativas e, portanto, você não deve se autodiagnosticar. Se você perceber
qualquer uma dessas manifestações no seu corpo, deve procurar o médico
dermatologista para que ele possa fazer o diagnóstico e então dar início ao
tratamento adequado.
As alterações na pele que mais costumam acontecer são:
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Pioderma gangrenoso:
Começa como uma pequena ferida, que geralmente fica
vermelha ao redor e vai crescendo. Costuma-se confundir até mesmo com herpes.
No entanto ela vai progredindo e caracteriza-se pela presença de lesões
profundas na pele com presença de pus. Afeta principalmente canelas e
tornozelos, podendo ocorrer também nos braços. Surge como pequenas bolhas que
se unem, formando uma úlcera profunda. É mais frequente em pacientes com
retocolite ulcerativa do que nos portadores de doença de Crohn.
Existem quatro formas clínicas que são: ulcerativa,
pustulosa, vegetante e bolhosa. O diagnóstico é feito por exclusão, pois não ainda
não existe marcadores sorológicos para identificá-lo. O tratamento pode incluir
antibióticos, corticoides, imunossupressores, analgésico e antissépticos
tópicos.
Fonte: www.dermis.net
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Eritema Nodoso:
É um processo inflamatório no qual surgem nódulos
avermelhados, endurecidos e podem ser dolorosos. Assim como no pioderma
gangrenoso, esses nódulos também costumam aparecer nas canelas, tornozelos e,
às vezes, braços.
O eritema nodoso pode vir acompanhado de febre e geralmente
aparece durante uma crise (fase ativa) da doença, mas também pode ocorrer um
pouco antes, e a tendência é que desapareça quando a doença entrar em remissão.
O diagnóstico é clínico e tratamento inclui,
principalmente, o repouso e o dermatologista avaliará a necessidade de
medicação.
Fonte: www.dermis.net
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Plicomas:
São saliências (espessamento e crescimento) de pele ao
redor do ânus que ocorrem devido ao processo inflamatório. São muito comuns em
portadores de doença de Crohn.
Quando o inchaço diminui, a pele em volta fica mais
espessa e forma pequenas pregas. O tratamento costuma ser através da boa
higiene, visto que as fezes podem grudar-se a essas pregas e irritar a pele.
Essa higiene vai reduzir o desconforto e aliviar a
irritação e, para tanto, deve-se evitar utilizar o papel após evacuar. O ideal
é que você se limpe com jato d´água.
O tratamento cirúrgico deve ser evitado mas, quando
necessário, costuma ser feito em ambiente ambulatorial.
Fonte: www.derival.com.br
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Fístulas enterocutâneas:
É um canal anormal (tipo um buraquinho) que conecta o
intestino à pele, normalmente ligando o reto à vagina, bexiga ou nádegas. Também
pode ser complicação de alguma cirurgia.
Este tipo de fístula pode vazar pus ou material fecal e
ocorrem em aproximadamente 30% dos pacientes com doença de Crohn.
O tratamento vai depender do local e da gravidade das
fístulas.
Fístula externa (região
inguinal superior da coxa):
Fístula interna:
Fonte: www.rg.org.br
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Fissuras anais:
Já falamos delas no post sobre complicações extra
intestinais comuns, mas vamos relembrar. As fissuras são pequenas rachaduras ao
redor do ânus. Podem sangrar, causar dor e coceira. Banhos mornos de imersão (por
exemplo, sentar numa bacia de água morna) e pomadas tópicas podem ajudar.
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Estomatite aftosa (afta):
São pequenas ulcerações na boca e frequentemente
encontradas nas gengivas e lábio inferior ou ao longo dos lados ou base da
língua. Normalmente ocorrem durante as crises agudas da doença e geralmente
desaparecem à medida que a doença é controlada.
Fonte: www.cooperjornal.com.br
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