O que é a doença Celíaca?
A doença celíaca é autoimune, ou seja, é
quando o sistema imunológico ataca o próprio corpo e destrói tecidos saudáveis
por engano. É causada pela intolerância ao glúten, proteína encontrada no
trigo, aveia, centeio, cevada e malte, sendo essa intolerância permanente. Tem caráter hereditário.
A doença celíaca é mais frequente do que
se pensa, mas continua sendo subestimada. Segundo um estudo feito em 2007 pela
UNIFESP, quase 4 milhões de brasileiros tem a doença, mas sequer desconfia da
sua existência. Pode acometer pessoas de todas as idades, mas compromete
principalmente crianças de 6 meses a 5 anos e é mais frequente em mulheres do
que em homens, na proporção de 2:1.
O principal sintoma é diarreia, com fezes
líquidas ou moles e de cor clara, mas tem vários outros como perda de apetite,
dor abdominal, distensão abdominal (barriga inchada), emagrecimento,
osteoporose, constipação intestinal (intestino preso), desnutrição, depressão,
ataxia etc. Existem 3 formas de apresentação clínica da doença, mas iremos
falar sobre elas no final do texto.
O que ocorre no organismo quando se é intolerante ao glúten?
Nosso intestino tem no seu interior as
chamadas vilosidades, que são como “braços” e são responsáveis pela absorção
dos nutrientes. Quando o paciente celíaco ingere alimento com glúten e ele
chega ao intestino, há grande produção de anticorpos (células de defesa) contra
o glúten. Esses anticorpos atuam nessas vilosidades, que vão atrofiando e
deixando de realizar sua função (captar os nutrientes). Dessa forma, os
nutrientes são eliminados nas fezes sem serem absorvidos, ou seja, sem terem
entrado na corrente sanguínea e ser distribuído pelo organismo.
Fonte: www.ufrgs.br
A dermatite herpetiforme é considerada uma variante da doença celíaca, na qual o paciente apresenta lesões de pele pruriginosas que causam sensação de queimadura intensa e coceira e também intolerância permanente ao glúten.
É caracterizada por pequenas vesículas
(“bolinhas”) que surgem gradualmente nos cotovelos, joelhos, nádegas, região
lombar e parte posterior da cabeça.
O tratamento também é com dieta isenta de
glúten e pode ser necessário utilizar medicamentos.
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Como é feito o diagnóstico para Intolerância ao glúten?
É realizada endoscopia com biópsia do
intestino delgado. Há também os marcadores sorológicos com dosagens dos
anticorpos antigliadina, antiendomísio e antitransglutaminase.
Como é feito o tratamento para Intolerância ao glúten?
O único tratamento é cortar o glúten da
dieta por toda a vida. Mas já existem estudos para desenvolver remédios e
vacinas. Vamos aguardar boas notícias!
Com a exclusão do glúten da dieta as
vilosidades e a mucosa intestinal vão se normalizando e os sintomas desaparecem.
O que não pode comer?
Os alimentos que contém glúten (trigo,
centeio, aveia, cevada e malte) e, consequentemente, seus derivados. Integram
esse abundante grupo os pães, massas, cervejas, whisky e uma infinidade de
produtos industrializados e, por isso, deve-se prestar atenção aos rótulos dos
produtos. A lei federal nº 10674 de 2003 determina que todas as empresas que
produzam alimentos precisam informar obrigatoriamente no rótulo se o produto
“CONTÉM GLÚTEN” ou “NÃO CONTÉM GLÚTEN”.
Outro cuidado é indispensável é quanto aos
utensílios utilizados. Há celíacos que não toleram absolutamente nenhuma
quantidade de glúten e, dessa forma, deve-se tomar cuidado para não utilizar os
mesmos utensílios num alimento que possui glúten para fazer alguma preparação
para um celíaco depois pois os resíduos que ali ficam podem causar problemas.
Os óleos onde foram fritos ou empanados na farinha de trigo ou de rosca, por
exemplo, não podem ser aproveitados em preparações para os celíacos.
E o que pode comer?
Carne, peixe, arroz, milho, frutas e vegetais não
contém glúten.
A aveia, desde que seja pura e não esteja contaminada
com outros grãos, pode até ser consumida em 95% dos casos.
Principais alimentos que podem ser consumidos:
Arroz
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Feijões, ervilha
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Amaranto
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Carne
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Milho
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Quinoa
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Toff
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Peixe
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Sorgo
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Batata
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Soja
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Ovo
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Mexoeira
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Soja
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Frutas
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Fagópiro
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Tapioca
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Leite e queijos
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Hoje em dia a indústria alimentícia já está dando
maior atenção aos alimentos sem glúten e é crescente o número destes. Já existe
macarrão sem glúten (é o conhecido macarrão de arroz), que por sinal é bem
gostoso. Também já existem pães, biscoitos e salgadinhos sem glúten, além de
uma grande variedade de receitas que você mesmo pode fazer.
O importante é compreender que o celíaco não precisa
ter uma dieta sacrificante. Temos outras farinhas para substituir as
tradicionais farinhas de trigo nas preparações e, além do mais, o excesso de
glúten faz mal para todo mundo, mesmo que sejam sadios.
Converse com sua nutricionista para que ela possa te
dar dicas e te ajudar a retirar o glúten da sua alimentação sem que isso seja
um sofrimento.
As formas de apresentação da doença que citamos acima
são essas:
2) Forma não clássica ou atípica:
3) Forma assintomática ou silenciosa:
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