Diarreia e agora?
Há alguns dias falamos sobre
a constipação neste post.
Hoje iremos abordar sobre a diarreia, um dos sintomas mais frequentes nos
portadores de doenças inflamatórias intestinais.
- Diarreia osmótica: ocorre quando há no intestino grande quantidade de moléculas solúveis em água. A causa mais frequente é uso de laxativos e má absorção de carboidratos.
- Diarreia secretória: o intestino é capaz de secretar fluidos. Essa diarreia ocorre quando há aumento dessa secreção de fluidos e isso é causado por vírus, enterotoxinas bacterianas, neoplasias, ácidos graxos de cadeia longa, ácidos biliares e catárticos.
- Diarreia exsudativa: essa é que ocorre nas doenças inflamatórias intestinais. Nela ocorre exsudação de proteínas do soro, sangue, muco ou pus a partir de áreas inflamadas ou de áreas ulceradas. Também ocorre na parasitose (giardíase) e colite induzida por antibióticos.
- Diarreia motora: os mecanismos envolvidos são o trânsito intestinal acelerado, causando inadequada mistura do alimento com as enzimas digestivas e o pouco contato com a superfície absortiva por ressecção intestinal ou fístulas entéricas.
Um assunto importante a ser
abordado nesse sentido é a causa da diarreia. Normalmente os pacientes tem o
costume de sempre associar a causa da diarreia à doença, mas é bom lembrar que também
estão sujeitos a uma simples gastroenterite, intoxicação alimentar e até
parasitose. Por isso é tão importante seguir as normais de higiene no preparo e
conservação dos alimentos, além da higiene pessoal. Existe o problema de que,
nesses pacientes, as consequências podem ser mais graves do que numa pessoa com
intestino saudável.
Além de infecções de origem
alimentar, podem ocorrer infecções associadas ao uso recente de antibióticos ou
infecções facilitadas pelo uso crônico de corticoides. Por esse e outros
motivos jamais se automedique. A própria atividade da doença reduz a absorção
dos alimentos e causa diarreia e, nesses casos, a medicação habitual poderá ter
que ser ajustada.
Por que a diarreia acontece?
Normalmente, os alimentos e
os líquidos seguem do estômago até o intestino delgado, onde os nutrientes e
água serão absorvidos e, então, seguem para o cólon, onde os restos não
digeridos podem ser “armazenados” e, mais tarde, eliminados nas fezes.
Algumas situações como, no
nosso caso, a inflamação do intestino, úlceras, estenoses, mas também
intoxicações e infecções podem impedir o funcionamento normal do intestino
(delgado ou cólon), afetando a taxa de absorção dos nutrientes e da água.
O movimento normalmente
lento e em ondas do intestino torna-se hiperativo, conduzindo os líquidos e os
alimentos de forma rápida até o cólon. Isto tem como consequência o
aparecimento das fezes aquosas. Por isso que o termo diarreia vem da palavra
grega “diarrhoia”, que significa “corrente”.
Como agir se tiver diarreia?
Devemos tentar descobrir a
real causa da diarreia, se realmente é por causa da doença ou algum outro
motivo como citamos acima.
- Verifique se você está com
febre, dor abdominal e outros sintomas típicos da doença.
- Registre quais
medicamentos você usou recentemente e se ingeriu algum alimento ou bebida que
não sejam habituais. Caso você tenha ingerido alguma coisa diferente e estava
acompanhado, procure saber se as outras pessoas também passaram mal.
- Aumente a ingestão de
água. Hidrate-se! Em farmácias há soluções para hidratação oral e podem ser
usadas.
Mas atenção. Não beba
grandes quantidade de uma só vez. O certo é beber pequenas porções várias vezes
ao dia.
- Siga as orientações
nutricionais abaixo:
EVITAR
- Mesmo que você não tenha
intolerância a lactose suspenda temporariamente a ingestão de leites e
derivados.
- Sucos concentrados (em pó, de garrafinha,
caixa etc).
- Vegetais com fibras
(principalmente com legumes e verduras crus, frutas com casca, semente e
bagaço).
- Alimentos integrais
(pão, biscoito, arroz, bolo).
- Bebidas alcoólicas.
- Doces e alimentos com
grande concentração de açúcar.
- Alimentos gordurosos e
frituras.
- Algumas substâncias tais
como cafeína, manitol, sorbitol, xilitol e ameixa são laxativas. Fique de
olho nos rótulos dos alimentos para evitá-los.
- Bebidas gaseificadas
(água e refrigerantes).
- Conservas e condimentos.
- Ovo, principalmente a
gema.
- Frutas que tem efeito
mais laxativo: ameixa, mamão, kiwi, abacaxi, figo, amora, abacate, uva.
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PREFERIR |
- Alimentos bem cozidos.
- Arroz branco.
- Batata inglesa e
mandioca∕aipim, inhame, chuchu.
- Preparações com amido de
milho, fécula de batata e maisena.
- Carnes magras: peixes,
frango sem pele e gordura, carnes vermelhas magras e sem gordura visível.
- Legumes cozidos.
- Frutas constipantes:
maçã sem casca, banana, caju, goiaba, limão.
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Para finalizar, segue uma receita de soro
caseiro que vai te ajudar a hidratar-se. Além dele, uma ótima (e deliciosa
opção) é a água de côco, mas prefira a natural. Essas de caixinhas perdem
muitos nutrientes.
1 litro de água
1 colher (chá) rasa de sal
2 colheres (sopa) cheias de açúcar
Você também pode fazer á “água
de arroz”, pois ela é constipante. Segue a receita:
Cozinhar 2 colheres (sopa)
de arroz em 1 litro de água. Deixe ferver até a água estar reduzida pela
metade, retire o arroz e complete com água fervida até perfazer 1 litro
novamente.
Existem nos mercados um
produto chamado “creme de arroz”. Você também pode misturá-lo com água pra
tomar.
Se você não gostar do sabor,
bata essa água com uma fruta constipante (goiaba e caju) como se fosse um suco.
1 litro de água
ReplyDelete1 colher (chá) rasa de sal
2 colheres (sopa) cheias?
2 colheres (sopa) de açúcar, Alexandre
DeleteObrigado
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