Qual a relação entre a artrite e as doenças inflamatórias intestinais?
O que é Artrite?
A artrite é um termo genérico que se refere a um grande número de enfermidades diferentes, todas elas caracterizadas, basicamente, por inflamações das articulações. Raramente tem uma origem conhecida, mas todas envolvem de alguma forma fatores genéticos, orgânicos, ocupacionais e ambientais. Atualmente, existem mais de 100 tipos de artrites conhecidas pela ciência, divididas principalmente de acordo com causa, local afetado, idade (infantil ou geral) e gravidade. As artrites são um tipo de reumatismo sendo, portanto, estudadas pela reumatologia.
Prevalência da artrite
As artrites atingem uma em cada sete pessoas acima dos 30 anos, das quais 60 a
70% são mulheres. Elas são mais comuns em adultos e idosos e têm aumentado
muito nas últimas décadas, com o aumento da expectativa de vida da população e
o desenvolvimento de hábitos de vida sedentários nas grandes cidades. Embora
seja raro, pode acometer também crianças e adolescentes. Atualmente, é
considerada um dos principais distúrbios osteomusculares relacionados ao
trabalho (DORT). Entre os fatores de risco relacionados a doença estão:
trabalhos repetitivos, idade avançada, esportes radicais, esportes de força,
atividades artísticas (em especial a dança), doenças ósseas e musculares ou
doenças circulatórias e imunológicas.
Causas da Artrite
A artrite é provocada pela quebra ou desgaste do tecido cartilaginoso. Como uma das funções da cartilagem é proteger as articulações, absorvendo choques quando a articulação sofre pressões e permitindo que ela se mova suavemente, o seu desgaste faz com que os ossos se friccionam, causando dor, inchaço (inflamação), vermelhidão e rigidez. As dores são quase sempre noturnas e aumentam quando se está em repouso.
A inflamação nas articulações pode ser decorrente de doença autoimune (o sistema imunológico do corpo, quando debilitado, pode atacar erroneamente tecidos saudáveis), ossos quebrados, desgaste geral das articulações e infecção por bactéria ou vírus. Em geral, a inflamação na articulação desaparece depois que o problema é tratado. Quando isso não ocorre, significa que o paciente sofre de uma artrite crônica.
Tipos mais comuns de
artrite
Artrite reumatoide: Doença de natureza
auto imune que ataca as articulações conhecidas como periféricas. Nesse tipo de
artrite, o corpo combate seus próprios tecidos, atingindo a cartilagem e o
envoltório das articulações, que ficam inchadas, doloridas, inflamadas,
vermelhas e podem, aos poucos, deixar de cumprir seu papel no organismo.
Osteoartrite: É caracterizada
pela degeneração crônica da cartilagem articular, causando dor, rigidez e
prejudicando a movimentação. É mais comum em pessoas obesas.
Artrite gotosa: Trata-se de uma
reação inflamatória na lombada do pé e no seu dedo, denominado hálux, devido à
presença de microcristais minerais de urato no organismo. Há uma incidência
maior entre os homens, que podem também apresentar febre e restrição dos
movimentos. Nas mulheres ela pode vir após do início da menopausa.
Artrite psoriática: É o tipo de artrite decorrente de uma psoríase,
doença de pele crônica cujo desenvolvimento favorece um quadro articular grave.
Artrite séptica: É provocada pela invasão purulenta da articulação por um agente infeccioso (fungo, bactéria ou vírus). O agente mais frequente é o Staphylococcus aureus, mas pode ser provocada também pelas bactérias causadoras da tuberculose e gonorreia. Ao contrário das outras artrites, essa é bastante comum em jovens e geralmente atinge apenas uma ou duas articulações.
Artrite séptica: É provocada pela invasão purulenta da articulação por um agente infeccioso (fungo, bactéria ou vírus). O agente mais frequente é o Staphylococcus aureus, mas pode ser provocada também pelas bactérias causadoras da tuberculose e gonorreia. Ao contrário das outras artrites, essa é bastante comum em jovens e geralmente atinge apenas uma ou duas articulações.
Artrite Enteropática: A artrite enteropática refere-se a um tipo de artrite que está associada à doença inflamatória intestinal (DII) ou a uma reação inflamatória do cólon. Problemas nas articulações são comuns nos pacientes com DII. Aproximandamente 20% deles vão sofrer de artrite enteropática. Existem duas grandes categorias da artrite enteropática – as que afetam as articulações centrais como as costas, pescoço, articulações sacroilíacas e as que afetam as articulações periféricas. Essas podem ser de um lado só ou dos dois lados, e pode afetar grandes ou pequenas articulações. Na maior parte das vezes as articulações das mãos e dos pés são atingidas dos dois lados ao mesmo tempo enquanto as do punho, joelho, cotovelo e quadril são afetadas de um lado só. As articulações periféricas tendem a doer quando há alguma crise relacionada à doença inflamatória intestinal. Sempre considere o fato que pode haver outros fatores não relacionados à DII. E o fato de ter DII não significa que você tenha artrite.
Artrites
e Doenças inflamatórias intestinais
A maioria dos pacientes com algum tipo de artrite não apresenta sintomas ou
sinais de inflamação intestinal. Lesões inflamatórias no intestino, no entanto,
tem sido identificadas em 60% dos pacientes com artrite, mesmo na ausência de
qualquer sinal ou sintoma intestinal. Isso acontece porque o sistema
imunológico dos pacientes que sofrem de doença de Crohn ou colite ulcetativa se
encontra debilitado, o que favorece uma série de complicações orgânicas.
A relação entre as artrites e as doenças inflamatórias
intestinais é bastante estudada pela medicina e o reconhecimento do elo
imunológico entre elas deu origem inclusive a tratamentos específicos para
pacientes que convivem com ambas as enfermidades.
Como foi dito acima há um nome para esse tipo de artrite - artrite enteropática.
Dois tipos de inflamação intestinal tem sido
frequentemente descritos por pacientes que sofrem de algum tipo de artrite: um
tipo agudo, que lembra uma colite infecciosa, e outro com características
crônicas, que se assemelha à inflamação da doença de Crohn. A forma aguda é
caracterizada pela preservação da arquitetura da mucosa intestinal enquanto a
forma crônica implica na atrofia da superfície das vilosidades intestinais, o
que pode dificultar a absorção de nutrientes após a digestão e trazer
consequências graves ao organismo.
A maioria dos pacientes com algum tipo de artrite não apresenta sintomas ou sinais de inflamação intestinal. Lesões inflamatórias no intestino, no entanto, tem sido identificadas em 60% dos pacientes com artrite, mesmo na ausência de qualquer sinal ou sintoma intestinal. Isso acontece porque o sistema imunológico dos pacientes que sofrem de doença de Crohn ou colite ulcetativa se encontra debilitado, o que favorece uma série de complicações orgânicas.
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